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Modelo de Redação: Tempos vivos na História (9.9 no TRT18)

Modelo de Redação: Tempos vivos na História (9.9 no TRT18)

Modelo de Redação 

Tema: Tempos vivos na História 

Autoria: Fernando Bazotti 

Nota: 9.9 no TRT 18 

A reprodução desta redação sem o consentimento prévio é terminantemente proibida.

Introdução

O mundo contemporâneo, atraído pelo universo que tem a desbravar, parece ter deixado para trás tudo que o formou até a atualidade. Quem lembrará das Grandes Navegações, quando a exploração de novos lugares pode ser feita por meio de um celular? Apesar de parecerem dois mundos dissociados, um levou ao outro. Assim, o passado faz parte do presente, explicando a aceleração social hodierna, bem como os esquecimentos da história e as suas consequências.

Argumento I 

De início, é preciso destacar que, segundo Hartmut Rosa, a sociedade vive em ritmo acelerado no qual a produtividade e a obsessão pelo novo regem a vida cotidiana. Nesse contexto, empregadores exigem que seus empregados estejam disponíveis a todo o momento e sejam altamente especializados em suas áreas, objetivando maior produção. Tal modelo de produção em massa é influenciado, em grande parte, pelas Revoluções Industriais, fazendo com que esse ritmo de produção exponencial seja repassado de geração em geração, sem que os atores participantes possam refletir sobre esse estilo de vida. Ou seja, é o passado ditando o presente, retirando do indivíduo o poder de escolha. Grandes indústrias, por exemplo, ainda utilizam a separação de tarefas, ilustrada no filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin, como meio de produção, visando maior produtividade, sendo impossível pensar em um modelo que supere esse modelo tão atual, mas que foi pensado e colocado em prática no passado. 

Argumento 2

Além de campo do trabalho, a história conta as barbáries cometidas pelo ser humano, as quais ainda permanecem vivas na atualidade. Apesar disso, por tratar de um lado obscuro da construção social mundial, alguns atores buscam eliminar tais lembranças, já que, conforme ensina Jacques Le Goff, os esquecimentos da história são objeto de manipulação da memória coletiva. Nesse contexto,a prática da escravidão, tão desumana e antiga, ainda é minimizada por uma minoria, sendo inclusive, vista na atualidade. Em 2021, por exemplo, segundo dados do Ministério do Trabalho, aproximadamente 2000 pessoas foram resgatadas do trabalho escravo. Ou seja, a minimização de ações ultrajantes, de forma a manipular a sociedade busca inserir minorias sociais em uma posição de inferioridade para que práticas antigas sejam utilizadas novamente. 

Argumento 3 

Apesar disso, a sociedade, em sua esmagadora maioria, entende a herança que pessoas negras carregam em sua pele, de forma que, ainda de forma tímida, algumas medidas têm sido tomadas. A promulgação da lei de cotas, por exemplo, foi um importante marco na inclusão de minorias, separando vagas específicas a serem ocupadas por essa parcela da população nas universidades e em órgãos públicos. Tal medida seria impensável se, nos tempos antigos, essas pessoas não fossem tão hostilizadas. Assim, é o presente corrigindo as “almas” do passado, que ainda pairam sobre a sociedade em forma de preconceito e discriminação. 

Conclusão

Portanto, nota-se que o passado ainda vive na atualidade, influenciado as mais diversas partes da vida humana. Dessa maneira, é imprescindível que a sociedade entenda e conheça o passado, compreendendo, assim, os fatores que orientam a vida moderna. Dessa forma, a história poderá contribuir para melhor compreensão da atualidade e para o alcance de uma sociedade mais feliz e inclusiva.

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