Mês: julho 2022

Um modelo de redação pronta pra você estudar!

O tema é “Sociedade do Consumo”.

Autoria: Prof. Raphael Reis

Estilo: AOCP

Introdução

A sociedade do consumo, desde os seus primórdios, com o desenvolvimento da organização produtiva “fordista-taylorista”, intensificou o individualismo e o consumo como balizadores da felicidade. Com isso, um dos efeitos mais nítidos é uma sociedade endividada e doente. 

Argumento I 

De acordo com o filósofo Gilles Lipovetsky, a hipermodernidade na qual vivemos é caracterizada pelo hiperindividualismo, ou seja, os indivíduos são levados a pensarem somente em seus interesses, realizando-os por meio do consumo. Isso tem gerado uma sociedade endividada, porque, a todo momento, as pessoas precisam comprar para saciar seus desejos. Nesse sentido, para reduzir esse impacto negativo, são necessárias políticas públicas que desenvolvam o compartilhamento de bens públicos, a exemplo do uso de praças. Dessa forma, haverá redução do individualismo e possibilidades de lazer gratuito. 

Argumento II

Outro aspecto relevante é que o hiperconsumo incentiva a felicidade como sinônimo de bens materiais: carro, casa, roupas de marca, viagens etc. Para reduzir esse aspecto negativo, é importante que as escolas desenvolvam conteúdos sobre educação financeira e educação para o consumo, com o objetivo de proporcionar aos alunos conhecimento sobre empréstimos, juros e sustentabilidade, bem como se preparar para um consumo consciente. Ademais, resgatar reflexões filosóficas milenares é essencial para desmistificar que felicidade é uma busca baseada na realização material. 

Conclusão 

Mediante o exposto, fica notório que a sociedade do consumo intensifica o individualismo e reforça uma concepção de felicidade reduzida, o que acarreta, também, o endividamento das pessoas. Para contornar essa situação, conforme apontado anteriormente, faz-se necessário atuação dos governos e conscientização dos indivíduos.

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Introdução

A intersetorialidade no ambiente escolar é de suma importância, pois possibilita que os alunos obtenham pleno desenvolvimento. No entanto, a escola enfrenta desafios para envolver outros setores, como o Estado e a família, nesse processo.

Argumento I 

Nesse sentido, o Estado possui parcela importante na intersetorialidade com a escola. Conforme a Constituição Brasileira de 1988, a educação é dever do Estado, sendo de sua responsabilidade a oferta do ensino, para que todos tenham acesso à educação. No entanto, é notório o descaso do poder público em diversos estados brasileiros com a educação. Muitas cidades do nordeste, por exemplo, têm escolas em situações precárias, sem a oferta do básico, como infraestrutura, dificultando assim o acesso a um direito primordial e forçando as escolas a se adaptarem à situação, comprometendo o processo de formação dos alunos. 

Argumento II

Além disso, a família constitui fator importante nesse processo. Assim como o Estado, a família também possui esse dever constitucional junto à sociedade. Embora, percebe-se muitas vezes a negligência dos pais em relação a educação dos filhos. Como a exemplo de pais que retiram os filhos da escola para que trabalhem e contribuam com o sustento familiar ou até mesmo filhos estudantes, mas que não possuem assistência familiar no ensino-aprendizagem, o que acaba prejudicando seu desenvolvimento integral. 

Conclusão 

Portanto, a intersetorialidade na escola é de total importância para os alunos e seu pleno desenvolvimento da cidadania, ou seja, a conquista de novos direitos como descreve Thomas Marshall, mas requer o Estado e da família total envolvimento. 

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Introdução

De acordo com o sociólogo espanhol Manuel Castells, o mundo se encontra hoje na Era Digital, período em que as atividades de todos os campos são atravessadas pela conexão ao mundo virtual. Embora essa circunstância tenha diversos benefícios à sociedade, a população mais jovem encontra problemas na sua relação com os aparatos digitais, seja pela tendência ao vício que esses aparelhos desenvolvem, seja pela sensação de segurança que a internet oferece aos mais novos.

Argumento I 

 Em primeira análise, compreende-se atualmente que a adição é um risco evidente no uso de celulares e computadores, principalmente em se tratando das redes sociais. Nesse sentido, a afirmação do anteriormente executivo do Facebook, Sean Parker, comprova essa ideia: segundo ele, as redes foram projetadas para absorver o máximo da atenção das pessoas, de modo que as interações, como curtidas e comentários, estimulam a produção de dopamina, neurotransmissor relacionado ao sistema de recompensa e ao vício. Desse modo, quanto mais tempo os jovens passam nesses ambientes virtuais, mais desejam permanecer. 

Argumento II

Além disso, é importante ressaltar que a internet é um recurso mais confortável para relacionamentos sociais. Dentro dessa perspectiva, o psicólogo Daniel Goleman cunhou o conceito de “ciberdesinibição”, que descreve a sensação de maior liberdade e pouco cerceamento das redes – sobretudo quando o usuário utiliza perfis falsos para navegar. Por isso, as interações sociais ocorrem predominantemente pelo meio digital, e os jovens tendem a considerá-lo mais seguro e agradável do que as relações face a face.

Conclusão 

Portanto, é importante criar mecanismos para conter o uso excessivo da internet, uma vez que o potencial vício causado por essa ferramenta pode prejudicar as habilidades da juventude de interagir presencialmente. Assim, é dever da família educar os filhos com limites de horários de uso, bem como estimular os rebentos à socialização fora das redes. Ademais, a mídia deve divulgar os potenciais efeitos nocivos dos aparatos digitais, a fim de ampliar a consciência da sociedade sobre os riscos envolvidos nessa atividade.

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Modelo de Redação: “Moral e Autonomia”

Autoria: Prof. Raphael Reis

Introdução

Por meio das socializações, os indivíduos aprendem noções de moralidade: bem, mal, certo, errado, justo, injusto. Esses valores, quando introjetados como verdades absolutas, impactam a singularidade e a autonomia dos sujeitos.

Argumento I 

Em primeiro lugar, é importante apontar que as noções de valores morais são construções culturais e históricas, ou seja, resultado de ações humanas. Nessa perspectiva, instituições religiosas e burguesas tentam impor suas verdades e padrões, gerando aquilo que o filósofo Nietzsche denominou de “moral de rebanho”, a qual predomina entre as pessoas que assimilam essas noções sem questionar, tonando-se medíocres, resignadas, sem autonomia para agir e pensar.

Argumento II

Nesse contexto, faz-se necessário que os indivíduos desenvolvam valores afirmativos para conquistarem sua emancipação frente a imposições históricas que limitam a liberdade. Assim, ao romper com os valores absolutos e entendê-los como construções culturais, pode-se criar outros mais assertivos, sem carregar culpas e limitações. Nesse sentido, na filosofia existencialista de Sartre, cada pessoa é livre para fazer suas escolhas e, ao mesmo tempo, é responsável por suas ações. Dessa forma, os sujeitos reforçam sua subjetividade e existência sem ficar sob o julgo moral de instituições que ditam o que certo ou errado.

Conclusão 

Portanto, fica notório que valores morais são criações humanas e, muitas vezes, impostos por instituições que querem o monopólio da verdade, reduzindo, assim, a autonomia dos indivíduos. Para romper com uma vida limitada, os cidadãos devem questionar constantemente seus valores, buscando liberdade em suas escolhas e se responsabilizando por elas.

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